segunda-feira, 27 de julho de 2015

Com domínio nas Américas, handebol do Brasil busca espaço que vôlei conquistou há 20 anos

Pentacampeão pan-americano no feminino e três medalhas de ouro conquistadas nos últimos quatro Pans no feminino, o Brasil confirmou o amplo domíno do handebol nas Américas com os títulos entre os homens e as mulheres nos Jogos de Toronto. O bom trabalho e o crescimento nos últimos anos fazem a modalidade buscar um maior reconhecimento no país, buscar um espaço que o vôlei conquistou há pelo menos 20 anos, com os resultados que alcançou na década de 90.
Atual campeã mundial, a seleção brasileira feminina evidenciou um nível bem acima das outras equipes do continente durante a campanha do Pan-2015. O time do técnico dinamarques Morten Souban levou o quinto ouro seguido vencendo todos os cinco jogos com tranquilidade e placares elásticos, tomando um susto apenas na final contra a Argentina.
"A modéstia vai soar um pouco feio, mas acredito que o handebol no Brasil está no sangue de muitas crianças, adolescentes, de muitas pessoas que não conheciam e hoje conhecem. A gente respeita muito os outros esporrtes, mas acredito que o handebol está crescendo. Nosso trabalho é para que continue em alta, para que um dia o handebol no Brasil comece a ser igualç ao vôlei, igual ao basquete foi um dia. Espero que não demore muito. Não é fácil, não é porque a gente é campeã do mundo que as coisas vão mudar no Brasil, temos que ter paciência", afirmou a ponta Alexandra, eleita a melhor jogadora do mundo de 2012.
A grande evolução do vôlei no Brasil aconteceu no início dos anos 90, principalmente com a conquista da medalha de ouro no masculino nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, pela primeira vez na história, com uma geração que tinha Tande, Marcelo Negrão, Maurício e companhia. Desde então, passou a ser o segundo o segundo esporte do país, atrás apenas do futebol.
No handebol feminino, o título inédito do Mundial em 2013, na Sérvia, também pode ser o grande impulso para o crescimento da modalidade no país.
"A gente vem buscando esse caminho há um longo tempo, acho que a gente já teve bastante reconhecimento com o título mundial. Mas acho que tirar o espaço de alguém não é legal, A gente quer conseguir entrar nesse espaço que o vôlei conquistou, conquistar o nosso espaço na mídia, que os jogos estejam sempre cheios de gente, mostrar o nosso trabalho para que as pessoas reconheça. Mas não queremos nos comparar ao vôlei", disse a armadora Deonise.

Tiago Leme e Gustavo Faldon, de Toronto (CAN), ESPN.com.br

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